Caminha proporcionou excelente Moto-Rali
A Moto Galos de Barcelos levou-nos de volta ao Alto Minho, continuando a saber mostrar uma região sempre verde, mesmo no final dos verões.
Após passagem por 21 países europeus em cinco meses e meio, em dezembro, na Bulgária, o associado da Moto Galos viu-se impedido de prosseguir viagem para a Ásia, com as fronteiras do Irão encerradas, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
Comprometido com os próprios ideais e com os vários patrocinadores do projeto, o jovem de Oliveira de Azeméis, de 24 anos, decidiu rumar ao Brasil enquanto aguarda as condições para retomar a aventura que iniciou em Avis, a 12 de julho de 2020.
"Estava retido na Bulgária, não conseguia passar para o continente asiático, também não podia regressar a Portugal porque a volta ao mundo que planeei supõe que só volte a ´casa´ no final de todo o trajeto, por isso resolvi seguir para um país que conhece" de outras ousadias já vividas.
E porquê o Brasil? "Porque era onde tinha a moto da aventura que fiz pela América do Sul, em 2018, e porque apesar da pandemia não havia - nem há ainda - grandes limitações em termos de mobilidade". "Os custos de estar parado seriam mais elevados do que estar em movimento" por isso propôs-se "a novas experiências, emoções e histórias", dando "conteúdo aos 30.000 seguidores das redes sociais e retorno aos patrocinadores".
Desde que está no Brasil já somou 8.000 quilómetros. "Comecei perto da Venezuela, passei a BR-319, a estrada fantasma da Amazónia, uma das mais perigosas do mundo, segui para Mato Grosso, Pantanal, Goiás, Brasília, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e agora vou para o Estado do Pará, pelo Nordeste", disse-nos em videochamada.
Sobre a situação epidemiológica no Brasil referiu: "o número de infeções é muito elevado, mas as medidas são muito menos restritivas do que as que estão em vigor em Portugal e na Europa". Já foi infetado duas vezes, a primeira ainda estava na Grécia, recentemente contraiu o vírus no Brasil com "sintomas mais acentuados".
Olhos postos no regresso à volta ao mundo
A aproveitar para conhecer e descobrir novos lugares e pessoas, no horizonte está o regresso à volta ao mundo que fará "logo que as fronteiras reabram", prevendo que isso só "possa acontecer lá para o verão". O projeto prevê passar por mais de 50 países, em seis continentes, numa rota de 60.000 quilómetros.
Até agora foram cumpridos 21 países, em 16.000 quilómetros, com muita adrenalina, conhecimento e dificuldades à mistura, como avarias, ficar doente, ter um acidente ou lockdowns devido à Covid-19.
A previsão inicial apontava "para uma duração de dois anos", no entanto com este interregno e a realidade atual, a jornada deverá prolongar-se "por três anos", mas diz-se disponível "para o tempo necessário".
No final da nossa conversa, André Sousa agradeceu "o apoio e o carinho da família Moto Galos", tanto neste projeto em concreto como em todos os que o envolveram com o clube, como a viagem pela América do Sul ou a participação no Campeonato Nacional de Velocidade, em 2014 e 2015, pelas cores do Team Moto Galos/Clube Motorizado do Troço.
"Foi um prazer fazer uma partida simbólica desta volta ao mundo em Barcelos", no dia 5 de julho, no nas comemorações do 23º aniversário, "assim como será uma alegria no final partilhar toda esta aventura de pioneirismo e recordes que tento conquistar".
Recorde-se que em 2018, André Sousa fez uma viagem pela América do Sul também ao volante de uma moto 125cc. Foram 120 dias, 11 países e 24.500 quilómetros a rolar para realizar um sonho e algo inédito até hoje. Assinou o recorde de primeiro do mundo a percorrer aquela região numa moto de baixa cilindrada.
A Moto Galos de Barcelos levou-nos de volta ao Alto Minho, continuando a saber mostrar uma região sempre verde, mesmo no final dos verões.
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